X
TEXTO
1. INTRODUÇÃO
O cliente comprou um novo apartamento e queria uma ampliação da sala para a varanda, com a retirada das portas de correr e demolição da parede existente, expandindo assim toda a área social. São Paulo vive um dilema há alguns anos no que diz respeito a fechamento de varandas. Em tese, não deveria ser permitida nenhuma alteração no projeto original das fachadas dos edifícios, portanto, as varandas deveriam permanecer abertas como na concepção original do projeto. Porém, na prática isso não ocorre. O fechamento das varandas com vidro faz parte da pauta das primeiras assembleias de qualquer condomínio novo hoje em dia na cidade. É votado muitas vezes antes do que a eleição do síndico! O fechamento da varanda com vidro tem sido aprovado amplamente em todas as assembleias dos edifícios de São Paulo nos últimos anos. Não existe uma lei clara que regulamente isso na cidade e chegamos ao absurdo de encontrarmos pequenos apartamentos sendo vendidos na cidade, onde a varanda é maior que a área social interna do apartamento! No caso do apartamento Tanno, a varanda representa 60% de toda a área social! Portanto, ampliando-se a área social para a varanda, fechando-a com painéis de vidro articulados e nivelando o seu piso com o piso interno, transformaria a área útil social de 18m2 em 30m2! Isso representa 30% da área do apartamento, melhorando muito a proporção da área social em relação à área total do apartamento.
2. SOLUÇÕES DO PROJETO
A primeira opção de projeto desenvolvido pela ZEPPELINI ASSOCIADOS contemplou a ampliação da área social para a varanda de forma investigativa, para mostrar ao cliente como seria melhor ter uma amplitude na área social, tão esmagada pelas incorporadoras que se baseiam na legislação da cidade de São Paulo para que isso ocorra tão corriqueiramente nos novos projetos na cidade! O fato é que as varandas são áreas NÃO COMPUTÁVEIS, oque permite às incorporadoras construir grandes varandas com os chamados espaços gourmets e essas áreas não entram no cálculo do coeficiente de aproveitamento, portanto, conseguem construir mais apartamentos. Porém, as incorporadoras vendem as unidades pela ÁREA PRIVATIVA, uma ótima estratégia de marketing, que no caso do apartamento Tanno, o apartamento de 100m2 de área privativa, na realidade tem 85m2 de área computável. Em conversa com o cliente, ficou decidido que a ampliação da área social para a varanda poderia ser um risco, pois, ao consultar a assembleia, apesar de terem aprovado o fechamento com vidro, ficou proibida qualquer demolição da porta ou parede que divisa com a varanda. Então o projeto aqui apresentado foi abortado e não foi executado, porém, está aqui publicado em forma de ESTUDO sobre uma questão polêmica nos novos edifícios da cidade. O projeto que acabou sendo desenvolvido ficou limitado à área social original, que é reduzida e sem grandes desafios. Para o restante do apartamento e a pedido do cliente foi desenvolvida outra opção de layout para a cozinha e para o dormitório do filho. A reforma do apartamento será executada pelos próprios clientes, uma vez que, infelizmente não contrataram o gerenciamento da obra com a ZEPPELINI ASSOCIADOS.
3. PARAMETRIA NO PROJETO
Todo o projeto, desde a concepção inicial, perspectivas eletrônicas, renderizações, até o projeto executivo, inclusive os desenhos de detalhe, foram executados com o software paramétrico REVIT usando a tecnologia de projeto BIM (Building Information Modelling).
CLASS - Criação de Sites
